"Uber da Colheita" oferece mão de obra rural
A falta de mão de obra qualificada no campo para a colheita e a burocracia para contratar têm desafiado produtores rurais em todo o país. E foi justamente esses entraves que motivaram uma startup gaúcha a propor uma solução para o problema.
A falta de mão de obra qualificada no campo para a colheita e a burocracia para contratar têm desafiado produtores rurais em todo o país. E foi justamente esses entraves que motivaram uma startup gaúcha a propor uma solução para o problema.
A Via Rural, criada pelo advogado Jarbas Fagundes, teve como ponto de partida a carência de mão de obra na Serra Gaúcha para a colheita manual da uva.
“São agricultores familiares e de mais idade, todos imigrantes italianos. Os filhos foram migrando para a cidade para estudar e trabalhar e, como o maquinário ainda é muito caro, o produtor tinha que colher sozinho ou pedir ajuda para vizinhos e parentes”, diz Fagundes.
Pensando em facilitar esse processo, garantir segurança jurídica aos agricultores que precisam de apoio na colheita e estabilidade aos trabalhadores, a Via Rural começou a recrutar e treinar profissionais para as colheitas.
Os colaboradores têm a carteira de trabalho assinada, e a startup faz a ponte entre eles e os produtores rurais, tanto para colheita quanto para os processos após a colheita.
“Podemos assumir qualquer atividade rural com trabalhadores preparados para cada função e em qualquer cultura. Também fizemos toda a logística desse trabalhador, deslocando-o de uma região para outra, se for necessário”, explica Fagundes.
CONTRATOS INTERMITENTES
Os contratos começaram no ano passado, como projeto piloto, mas, segundo o diretor da empresa, já cresceram e demonstraram a viabilidade do mercado. Hoje, a empresa aposta em contratos intermitentes para os trabalhadores rurais, o que, conforme Fagundes, se encaixa bem na atividade agrícola, que é sazonal.
"Isso garante trabalho, renda, maior estabilidade econômica e segurança jurídica o ano todo. E as safras no Brasil são inúmeras, como uva, laranja, pêssego, caqui, noz pecam, maçã, azeitona, só pra falar as do Rio Grande do Sul”, destaca Fagundes.
Fonte: www.revistagloborural.globo.com